Noticias


Fusca, topete e Plano Real, as marcas de Itamar Franco

Modelo da Volkswagen voltou a ser produzido a pedido do ex-presidente, falecido neste sábado; saiba mais sobre essa retomada 02/07/2011

Itamar Franco, então presidente da República (e falecido neste sábado, aos 81 anos), queria que a expressão “carro popular” fosse literal. Se era para o povo ter carro, que ele fosse barato. E, claro, que tivesse apelo com o público. Parecia jogo ganho: o Fusca, carro mais popular do País, mesmo após a interrupção de sua produção nacional, em 1986, estava de volta às linhas de montagem por iniciativa da Volkswagen, que acatou pedido do presidente Itamar.
O Fusca renascido passaria a ser o Fusca Itamar. Aos críticos de um carro já fora do mercado havia muito, a Volkswagen argumentava que o Fusca Itamar era bem mais silencioso que a versão fabricada em 1986 e também de desempenho muito mais vistoso: fazia de 0 a 100km/hora em 14,5 segundos e atingia velocidade máxima de 140km/hora.
Em tempos de cruzeiro real, a moeda do País naquele período, o projeto de retomada da produção do modelo consumiu investimento de US$ 30 milhões. As máquinas foram azeitadas para que viessem ao mundo 100 novos Fuscas por dia, ou 20 mil por ano. O preço sugerido era de US$ 7,2 mil, valor que, no câmbio de hoje, daria pouco mais de R$ 11 mil.
Mas o jogo não se mostrou tão favas contadas. O Fusca era popular, mas custava praticamente a mesma coisa que os populares da vez, o Uno Mille, da Fiat, e o Corsa, da GM, dois modelos mais confortáveis e bem acabados. E, assim, a popularização que se pretendia com o renascimento de um modelo tão querido acabou ficando pelo caminho. Entre 1993 e 1996, quando a montagem nacional do Fusca foi abortada de vez – e no último ano ele saiu em uma edição especial, a Série Ouro –, foram produzidas em torno de 47 mil unidades.
O Fusca saiu da vida, mas já tinha entrado na história. Pioneiro entre os carros nacionais a serem exportados, ele começou a ser montado em 1953 em um barracão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo, com 100% das peças importadas da Alemanha. Depois, em 1959, passou a ter uma casa para chamar de sua: naquele ano, com pompa e circunstância, a Volkswagen recebeu o presidente Juscelino Kubitschek para inaugurar a fábrica. O ato permanece como um marco no processo de industrialização do Brasil.
O Fusca é, ainda hoje, um dos dez carros usados mais vendidos do País, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) – foram 16 mil unidades em 2010. E, com o renascimento estimulado por Itamar Franco, o Fusquinha – ou, ao menos, a última roupagem do modelo – tornou-se também uma das marcas registradas do presidente que viria a ter um epíteto de respeito: o Plano Real. E que já tinha outro: o imaculado topete.





Professor tem coleção com 35 Fuscas



A paixão por fuscas do professor aposentado começou em 1968. 
Nesta sexta-feira (20), é comemorado o Dia Nacional do Fusca. 


Do G1 CE
14 comentários
professor aposentado tem coleção de 35 fuscas (Foto: Gabriela Alves/G1 )Ribeiro e um dos 'xodós' da coleção, um fusca
azul pavão. (Foto: Gabriela Alves/G1 )
A paixão do cearense Antônio Dragaud Ribeiro por Fuscas tem mais de 40 anos. O professor aposentado comprou o primeiro em 1968 e não parou mais. “Há quem diga que toda pessoa com mais de 30 anos de idade tem uma história com Fusca. É uma paixão nacional”, diz Ribeiro, que comemora junto com outros fãs do carro o Dia Nacional do Fusca nesta sexta-feira (20).
Hoje, aos 70 anos, ele guarda uma coleção com 35 Fuscas. No Brasil, o carro de origem alemã foi líder de mercado por 24 anos seguidos e vendeu 3,1 milhões de unidades.
Para guardar os carros, Antônio Ribeiro, que mora em um apartamento em Fortaleza, usa dois galpões e vagas alugadas de vizinhos. Entre as raridades do colecionador está um Fusca 1958, anterior à chegada da fábrica do veículo no Brasil.  Mas o professor aposentado conta que o seu preferido é um modelo de 1969, cor verde folha. “Tenho de todos os gostos”, diz. O mais novo da coleção é de 1995, o chamado modelo Itamar.
O colecionador diz que o interesse por Fuscas surgiu pela praticidade do modelo. “Já tive Mustang, Belina, mas o Fusca é melhor. Tem resistência, mecânica simples e é econômico. Você consegue montar e desmontar sem problemas”, diz. A família de Ribeiro nunca implicou com a paixão do professor. “Minha mulher até já teve um Fusca e, sempre que pode, me acompanha nos eventos. Convivemos bem com isso”, diz.
Modelos da coleção do aposentado; o Fusca verde 1969 é o preferido. (Foto: Antoônio Ribeiro/Arquivo pessoal)Modelos da coleção do aposentado; o Fusca verde 1969 é o preferido. (Foto: Antoônio Ribeiro/Arquivo pessoal)
A frota de Fuscas de Ribeiro não é fixa. “Compro mais do que vendo. Sempre pesquiso modelos para comprar e restaurar. Os modelos abaixo do ano 1970 só vendo se tiver repetido. Tenho dois do ano 1962 e do ano 1968”, diz. Os preços de Fuscas variam entre R$ 8 mil e R$ 20 mil, segundo o professor aposentado. Na coleção, apenas um, ano 1962, é placa preta, com 95% das peças originais.
Os veículos de Ribeiro passam por restauração constantemente e o gasto mensal é de R$ 3 mil. Mesmo com uma manutenção simples, peças “mais pesadas”, como as de motor, de modelos mais antigos precisam ser importadas, segundo o colecionador. “Não tenho ideia de quanto já gastei com meus Fuscas”, admite.
Tanto gasto gera cuidados e ciúmes. Os melhores modelos de Ribeiro ficam suspensos em cavaletes para não forçar a suspensão e os pneus. Apesar de garantir que a maioria dos Fuscas tem condição de rodar, o colecionador prefere não fazer longas viagens com os carros e circula geralmente em um outro modelo. “Sempre que ando com um dos Fuscas, chamo muito atenção", diz.


Fusca completa 52 anos no Brasil com festa

Evento em São Bernardo (SP) com entrada franca reunirá uma série de modelos clássicos da marca


Volkswagen Fusca celebra 52 anos no Brasil
Comemora-se nesta quinta-feira, 20 de janeiro, o Dia Nacional do Fusca. Para celebrar os 52 anos de história do carro no Brasil, a Volkswagen e o Fusca Clube do Brasil realizarão um evento no pátio na fábrica da marca em São Bernardo do Campo (SP), no km 23,5 da Rodovia Anchieta. No local serão expostos modelos Fusca, Brasília, Kombi, entre outros devidamente restaurados, além de barracas para venda de peças e acessórios específicos para os clássicos da Volks.
O evento será aberto ao público, que tem de levar 2 kg de alimento não perecível para ser doado às vítimas das chuvas que castigaram a região serrana do Rio de Janeiro. “Esperamos mais de 1 mil pessoas na festa”, afirma Roney Celso Iannone, presidente do Fusca Clube do Brasil, em comunicado.
Eterno clássico
O Fusca chegou ao Brasil no já distante ano de 1950. A princípio o carro, ainda chamado Volkswagen Sedan, vinha importado de forma independente da Alemanha desmontado em kits CKD que posteriormente eram montados pela Brasmotor. Em 1953, a própria VW, já instalada no país, assumiu a montagem do carro, que passaria a ser oficialmente fabricado por aqui somente em 1959, com a inauguração da fábrica em São Bernardo.
O sucesso do carro foi imediato e ele logo passou a dominar as ruas. Seu domínio ficou ainda mais evidente em 1966 quando a VW comprou a Vemag, que fabricava o DKW Belcar, o então principal rival do veículo da VW na época.  Em 1986, a Volks encerrou a produção do modelo sendo substituído primeiro Gol. Porém, em 1993, a pedido do então presidente Itamar Franco, o “besouro” voltou a ser fabricado para atender a demanda popular, para novamente ser descontinuado em 1996.  Contando os dois períodos de produção, ao todo foram feitos 3.321.251 unidades do Fusca no Brasil.

Mais Fotos:

Presidente do Uruguai pilota seu Fusca 87 em corrida comemorativa



O presidente do Uruguai, José Mujica, 76 anos, pilotou seu velho automóvel de 1987 neste domingo como parte das celebrações do 10º aniversário da Categoria Super Fusca de Automobilismo.

Mujica chegou ao autódromo Víctor Borrat Fabini, situado na zona do Pinhal, a cerca de 30 quilômetros de Montevidéu, dirigindo seu veículo e deu duas voltas no circuito para marcar sua participação na festa. Ele foi o primeiro presidente em exercício a visitar o local.
Mujica se reuniu com as autoridades da Associação Uruguaia de Volantes (Auvo) e foi encarregado de dar a bandeirada final em uma das provas realizadas. Ele qualificou a celebração de "notável".
Veja imagens do presidente do Uruguai dirigindo seu Fusca 1987:


Dia nacional do fusca lembra paixão de 

brasileiros pelo carro


O primeiro fusca chegou ao Brasil em 1950 e, nove anos depois, a fábrica da Volkswagen foi instalada em São Bernardo do Campo (SP). O fusca, que pode ser considerado o primeiro carro popular da história, foi o veículo mais vendido no país por 24 anos


Dia nacional do fusca lembra paixão de brasileiros pelo carro
Aposentada pede ajuda a Dilma Rousseff para recuperar Fusca roubado
Dona Luzia, de 73 anos, teve sua grande paixão, um fusquinha ano 75, roubado em Rio Claro, interior de São Paulo. O desespero da aposentada foi tão grande, que ela mandou uma carta desabafando à presidente Dilma. A assessoria da presidência respondeu o pedido.
Aposentada pede ajuda a Dilma Rousseff para recuperar Fusca roubado



Nenhum comentário:

Postar um comentário